Contratura Capsular

 

O que é Contratura Capsular?

Primeiramente, é importante lembrar que a formação de tecido fibroso ao redor do implante (cápsula) é uma resposta fisiológica habitual do corpo. Em outras palavras, todas as mulheres que colocam prótese de silicone têm essa cápsula.

No entanto, a formação excessiva de tecido e a contração da cápsula fibrosa pode levar a queixas como deformação, distorção, dor e dureza das mamas. Desse modo, o problema não está na cápsula em si, mas sim quando a mesma, por algum motivo, começa a se contrair.

Nesse sentido, o uso de implantes para aumento e reconstrução mamária vem crescendo gradualmente. Dessa maneira, a contratura capsular é a complicação mais comum das cirurgias de mama. Aliás, é uma das principais causas para reoperação.

 

Classificação de Baker para Contratura Capsular

De fato, a Classificação de Baker é o método de avaliação mais utilizado para o diagnóstico clínico da contração capsular. Assim, ela descreve quatro graus de gravidade: nos graus I e II apenas se observa a evolução da contratura. Entretanto, nas pacientes com contratura capsular graus III e IV, a reoperação é necessária.

Por que a Contratura Capsular ocorre?

É provável que a ocorrência da contratura capsular seja multifatorial e consista em fatores de risco da paciente, da cirurgia e do implante. Todavia, até o momento, não há clareza sobre o mecanismo exato por trás da contratura capsular ou sua verdadeira prevalência.

Quais os Fatores de Risco para a Contratura Capsular?

Em resumo, e de acordo com os estudos da Dra. Bachour, os seguintes fatores aumentam os riscos de contratura capsular:

• Cirurgia Reconstrutiva de Mama;
• Pacientes com histórico de Câncer de Mama;
• Colocação de Implante Subglandular;
• Hematoma Pós-operatório;
• Superfície do Implante.

A saber, pouca, fraca ou nenhuma evidência foi encontrada para os seguintes fatores: localização da incisão; idade média das pacientes quando submeteram-se à cirurgia; IMC; tabagismo;  infecção; complicações como seroma ou abscesso. Além disso, também não foram encontradas evidências em fabricante, volume, forma, conteúdo e ruptura do implante.

Contaminação Bacteriana e Contratura Capsular

Em suma, estudos mostram uma taxa maior de bactérias em cápsulas contraídas quando comparadas com cápsulas não contraídas.

Assim, e diferentemente de bactérias que causam uma infecção, as bactérias in situ podem colonizar determinado local sem causar uma infecção. Isso chama-se colonização/contaminação bacteriana. Logo, essas bactérias produzem um biofilme que ao induzir uma resposta do sistema imunológico resulta em uma contratura capsular.

 

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Referências:

1. Bachour Y, Bargon CA, de Blok CJM, Ket JCF, Ritt MJPF, Niessen FB. Risk factors for developing capsular contracture in women after breast implant surgery: A systematic review of the literature. J Plast Reconstr Aesthet Surg. 2018;71(9):e29-e48. doi:10.1016/j.bjps.2018.05.022
2. Bachour Y, Verweij SP, Gibbs S, et al. The aetiopathogenesis of capsular contracture: A systematic review of the literature. J Plast Reconstr Aesthet Surg. 2018;71(3):307-317. doi:10.1016/j.bjps.2017.12.002
3. Santos MAG, Boggio RF, Carlucci AR, Motoka E, Albano AM. Prevention and treatment of capsular contracture after mammary prosthesis implantation. Rev. Bras. Cir. Plást.2010;25(2):304-308

* Todas as imagens foram retiradas dos artigos referenciados acima.

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