Etiologia e definição da Ptose Glútea

 

Ptose Glútea. Em suma, o termo ptose (de origem grega) significa “flacidez”. Desse modo, em anatomia e medicina, o termo define o prolapso de um órgão ou seu deslize.

Mecanismo de formação da ptose glútea

O Sistema de Suspensão Glútea (GSS)

Em síntese, o tecido adiposo da região glútea é rico em tecido conjuntivo denso. Assim, as áreas adjacentes à linha média, a região pudenda e a prega glútea contêm a maior quantidade de tecido conjuntivo. Nesse sentido, as conexões feitas por esse tecido à derme do glúteo e as estruturas osteoligamentares da pelve ajudam a manter a estrutura do tecido mole da região glútea.

Dessa maneira, o exame histológico dos tecidos adjacentes ao tubérculo isquiático mostra uma grande quantidade de tecido conjuntivo denso para o tecido da prega glútea, produzindo um efeito de ligação e de suporte ininterrupto chamado de Sistema de Suspensão Glútea (GSS).

Ptose Glútea

Ptose Glútea

Em resumo, podemos definir a ptose glútea como a flacidez das nádegas com tecido glúteo redundante que caudalmente cruza a prega glútea inferior na linha média da coxa posterior. Dessa forma, a prega glútea inferior é o limite caudal da região glútea, ou seja, consiste em uma linha na junção da coxa com as nádegas. Esse vinco é raramente visto em crianças e jovens magros cujas nádegas não são hipertróficas. Sendo geralmente limitado a uma discreta dobra entre a parte média da nádega e a parte interna da coxa, muitas vezes não ultrapassando lateralmente a linha sagital que atravessa o tubérculo isquiático, nomeada linha T.

Os primeiros sinais de ptose aparecem à medida que as nádegas aumentam de tamanho devido ao ganho de peso ou às alterações corporais normais na adolescência. Desse modo, o tecido glúteo se torna mais proeminente e começa a formar um ângulo na parte posterior da coxa. Ao mesmo tempo, o vinco torna-se mais aparente e começa a se estender lateralmente.

Por isso, a falta do tônus ​​muscular e o acréscimo do peso dos tecidos (incluindo os músculos), origina a flacidez das nádegas. Além disso, o GSS também se torna menos firme com o envelhecimento e a perda de peso, levando a uma flacidez natural das nádegas.

Consequentemente, os fatores acima mencionados, individualmente ou em combinação, minam a capacidade de suporte do GSS, e as nádegas começam a ceder, aumentando o comprimento do vinco. Nesse sentido, devido a porção GSS que forma o vinco não ser elástica, ela resiste à flacidez das nádegas. Dessa maneira, o vinco permanece no lugar, com a nádega caindo por cima dele.

Ptose Glútea

Pseudo-Ptose

Logo, em algumas pessoas, a porção tuberal do GSS, isto é, aquele que forma o vinco, é naturalmente longa ou alonga após a perda de peso. Assim sendo, caso a nádega venha a cair, o vinco não permanece no lugar, e cai junto com a nádega.

Nesse caso, o tecido glúteo não cruza a dobra caudalmente. Portanto, consideramos essa condição como uma pseudo-ptose. Casos como esse, são caracterizados por nádegas compridas, que dão a impressão de que as coxas são mais curtas, visto que a dobra descendente empurra o tecido da coxa para baixo, gerando uma condição conhecida como dobra banana (banana roll).

ptose glutea

Banana Roll

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Referência:

  1. Gonzalez R. Etiology, definition, and classification of gluteal ptosis. Aesthetic Plast Surg. 2006 May-Jun;30(3):320-6. doi: 10.1007/s00266-005-0051-y. PMID: 16733776.

 

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