Hemostasia Prospectiva

Hemostasia Prospectiva para minimizar o sangramento nos planos subglandular e submuscular e sua importância na cirurgia de Prótese de Silicone.

A Hemostasia Prospectiva é um termo que descreve a prevenção de sangramento em vez de criar sangramento e, em seguida, obter a hemostasia. Ou seja, a hemostasia prospectiva evita manchas de sangue nos tecidos que aumentam a inflamação e a dor no pós-operatório.

Hemostasia Prospectiva

Nesse sentido, a hemostasia prospectiva requer que os cirurgiões antecipem a localização de todos os vasos sanguíneos significativos na loja de dissecção; e controle os vasos antes de cortá-los.

Desse modo, compreender a localização e o curso medial das artérias e veias perfurantes ao longo do esterno, permite que os cirurgiões evitem os riscos de interromper esses grandes vasos durante a dissecção nos planos subglandular ou submuscular.

Artérias Perfurantes Mediais na Hemostasia Prospectiva

As artérias perfurantes mediais saem dos espaços intercostais aproximadamente 1 – 1,5 cm lateral à linha média no espaço submuscular e, em seguida, cursam anterolateralmente para entrar no plano subglandular aproximadamente 0,5 cm mais lateral em comparação com sua posição no plano submuscular. Logo, os cirurgiões podem evitar esses vasos sanguíneos desenhando uma série de pontos da linha média no pré-operatório na pele, e definindo as bordas da loja medial marcando 1,5 cm lateral à linha média na pele.

Hemostasia Prospectiva

Só para ilustrar, superfície anterior medial do peitoral vista lateralmente. Grandes artérias e veias perfurantes (na ponta de fórceps) saem do espaço intercostal aproximadamente 1,5 cm lateral à linha média do esterno (corte transversal). À medida que as perfurantes percorrem anteriormente, elas entram no espaço submuscular e no espaço subglandular 1 – 1,5 cm lateral para a linha média. Se o cirurgião marcar uma distância intermamária de 3 cm; 1,5 cm lateral à linha média do esterno em cada lado e limitar a dissecção da loja medial a este ponto, o cirurgião raramente encontrará uma perfurante medial. Assim, a dissecção no plano submuscular que para 1,5 cm lateral à linha média (ponta do dissector visível no espaço submuscular) evita a interrupção dessas perfurantes.

 

Distância Intermamária

Dessa forma, definir uma distância intermamária maior que 3 cm e evitar qualquer dissecção medial às bordas da loja medial 1,5 cm lateral à linha média, impede a divisão inadvertida de perfurantes mediais. Além disso, uma veia muito grande geralmente está presente 1,5 – 2,5 cm lateral à linha média no segundo espaço intercostal que os cirurgiões podem evitar limitando a dissecção superomedial da loja nesta área.

Nervos Intercostais Laterais

A saber, na loja lateral, os ramos anteriores dos nervos intercostais laterais saem dos espaços intercostais e cursam lateralmente para a inervação sensorial da parede lateral do tórax e da mama. Assim, esses nervos podem ser interrompidos por um dissecador cego ou cortante ou dissecção com eletrocautério. Logo, quanto maior a largura da base de um implante mamário, maiores são os riscos de tração nos ramos do nervo intercostal lateral ou a divisão dos ramos ao criar lojas mais largas para implantes maiores.

Hemostasia Prospectiva

Só para exemplificar, loja lateral da mama Esquerda, visto de baixo. Ramos do nervo intercostal anterior
(ICN) saem dos espaços intercostais para inervar a parede lateral do tórax e seios.

 

Portanto, as consequências clínicas de dividir esses nervos é imprevisível. Embora os cirurgiões devam tentar preservar ramos do nervo intercostal anterior lateralmente, a divisão de um ou mais desses nervos ramos não produzem necessariamente sintomas clínicos que as pacientes notem.

 

E aí, já tinha ouvido falar sobre a importância de evitar sangramentos na Prótese da Mama? E, sobre a anatomia da região? Aliás, não se esqueça de deixar a sua opinião nos comentários!

 

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Até a próxima!

Referência:

  1. TEBBETTS, J; B., Cap. 4: Anatomy for Augmentation: Cadaver and Surgical. In: Augmentation Mammaplasty Redefining the Patient and Surgeon Experience, Elsevier Inc.; 2010; p. 69 – 88. ISBN 978-0-323-04112-6

*Todas as imagens foram retiradas do artigo referenciado acima.

 

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